O Fundão para relembrar e avivar memórias

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Pessegueiros floridos na Gardunha

segunda-feira, 7 de junho de 2010

A minha terra


A minha terra...
Dei-lhe o nome
de "sonho da chuva".
O nome da minha estranha saudade.
Que sei como chegou,
como entrou,
mas não porque ficou.
Foram saudades....
Que moravam no meu coração
na rua da minha meninice.
Apegada no meu imaginário
de criança, o sonho…
eu, uma criança
numa terra já com história adulta
por histórias sem tempo;
dos contos das suas gentes….
Hoje sinto-me perdida
numa terra
que não tem a minha infância…
A minha terra
Tem o chuviscar infinito
marcado na ferida da saudade.
A minha terra…
que me cabe no coração…
a ela tenho uma ligação
do meu baloiço
das minhas incontroláveis
corridas para o sonho…
Esta terra com casinhas
De telhado vermelho
De paredes brancas
Tornadas cor de pérola
Pelo tempo de sol
Da chuva
E das imensas saudades
Que passam por elas…
Famílias que recolheram…
Onde agora
O peso da memória
Lhe desabaram os telhados
Talvez dos sonhos
Que ali pousaram…
aqui...
esta é a minha terra
do lado direito do mapa.
Esta a minha terra
A quem dei o nome de
"sonho da chuva".

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